sábado, 26 de novembro de 2011

Classe média e a superpopulação

            Segundo a ONU,Danica May Camacho,nascida nas Filipinas dois minutos antes da meia noite do dia 30 de outubro,foi o bebê escolhido para simbolizar o "Seven Billion Day".Sem dúvidas,este número é espantoso para a humanidade e preocupante para os especialistas.Até aonde a Terra pode suportar?


            Desde a Revolução Industrial,dando início a Era do Homem (Antropoceno),o planeta tem sofrido significativas mudanças.Esta é,de fato,uma das principais causas da problemática da superpopulação.Para alimentar 7 bilhões,o homem precisou converter uma porção muito grande da superfície em terras de agricultura.Se hoje usamos um planeta e meio para viver,será impossível a Terra alimentar 10 bilhões,previsto para o fim do século!
             E o que diria o pessimista Thomas Malthus? Felizmente,sua teoria de que quanto mais gente houvesse no mundo,mais miséria,guerra e fome se propagariam,falhou.Graças ao avanço da medicina e da tecnologia em agricultura conseguimos mudar essa terrível "possibilidade". Mas o que faz a população mundial crescer?


               Simples: os países emergentes são o motor.Estudos revelam que 97%  dos bebês nascem nos países em desenvolvimento.É impressionante como a classe média tem se expandido.Em 1974 ela representava 10% da população mundial,hoje,28 % e 50 % previsto para 2024.Comprovado que tal grupo deve mais que quadruplicar nos próximos 10 anos.
                Assim como Danica e os demais representantes dos "Seven Billion" chegam para mudar a face do planeta.A tendência  do aumento populacional é grande;inclusive para os emergentes.Se o rítmo autal de consumo dos recursos naturais se manter,um colapso será inevitável.É necessário reduzir 33% desse consumo nos próximos 20 anos.Só assim a Terra conseguirá repor e suportar tudo o que consumimos.


Oportunidade: a "esmola" ideal

            Após séculos de publicação,Dom Quixote é um dos clássicos literários mais lidos em todo o mundo,não apenas por ter sido bem escrito,mas também por contar a história de um engenhoso fidalgo que,como nós,sonha com um mundo melhor.Diferente da maioria dos seres humanos,Dom Quixote resolve não apenas sonhar,mas ir à luta...à luta por um mundo de justiça e liberdade.
             Ao se falar em justiça,é claro que no Brasil esta realidade não é a mesma para todos.Um dos problemas sociais mais enfrentados em nosso país,infelizmente,é a miséria.Sem as suas cidadanias resgatadas,os "pedintes" de esmola são decorrentes de um processo natural de um modelo societário excludente.São vítimas de um país hipócrita e injusto.


             Processo natural? Sim,de fato.Nascida após 10 anos de surgimento do Realismo no século XIX,o Naturalismo é uma corrente engajada em denúncias políticas e sociais,espelhando as camadas inferiores.Negados os seus direitos de cidadão como moradia,educação e oportunidade de emprego,muitos brasileiros,por um processo natural e determinista,tendem a mendicância ou ao crime organizado.
              De quem é a culpa? Obviamente,do governo.Dar sempre esmolas é correto? Não.É necessário a inclusão de crianças e jovens de rua em escolas e universidades.Oportunidade de emprego para adultos.Moradia para todos,inclusive para os idosos.


                Enquanto o próprio governo e todos nós ficamos apenas nos debates do que é certo ou não,por que não ir à luta como Dom Quixote foi? Não se pode esquecer que dar esmola é um ato de caridade,de filantropia e de preocupação com o próximo.O correto mesmo é dar a "esmola" ideal: oportunidade.Oferecer  uma chance melhor para viver;um emprego.Isto não é utopia.Se todos nós fôssemos Dons Quixotes,certamente,o mundo seria melhor.Façamos.Já que o governo resolveu esperar...

Legalização da maconha: mais uma estratégia capitalista

            Aprovado pelo STF,em junho de 2011,a Marcha da Maconha ocorreu em 42 cidades brasileiras com o lema; "Marcha da Liberdade".Para os defensores;liberdade individual e o fim do tráfico são os principais fatores pela legalização da maconha.Afinal,se legalizada,como ficaria a saúde pública em nosso país? Teria,para o crime,uma solução? E,inecruspolosamente;seria interessante para os representantes da burguesia combater as drogas?

     
             No passado,milhões de dólares foram investidos em marketing para convencer a população que fumar (o tabaco) era charmoso - o que acarretou inúmeros usuários.Hoje,só no Brasil,são 200 mil mortes por ano causadas pelo cigarro,aproximadamente.Graças a isto e à educação precária,a saúde pública vem,a passos de tartaruga,tentando mudar este cenário.A legalidade da maconha seria,sem sombra de dúvida,perder totalmente o respeito com as políticas públicas de saúde nacionais.
            Já as propostas para a descriminalização são uma armadilha.As chamadas "narco-salas" são experiências que foram realizadas para reduzir danos causados pelas drogas.Feitas em praças públicas na Suíça,na década de 90,tal experiência revela que libertando as drogas a criminalidade aumenta.De fato,não é possível reduzir ou eliminar o crime se o uso da maconha for liberado,uma vez que este entorpecente causa problemas psiquiátricos  - ao contrário da nicotina.

             Uma causa de sublime importância,em tese,é o então enfático mundo burguês.O que se observa no planeta atualmente é o crescimento cada vez mais rápido do capitalismo - não seria diferente,no entanto,com os narco-capitalistas.A maconha,assim como o cigarro e o álcool,será mais um instrumento do jogo sujo e ambicioso das oligarquias.Um instrumento de ataque contra a classe operária.Não é a toa que a chamada economia "informal" vem crescendo em demasia graças ao tráfico de drogas.Se legalizada a maconha,mais ainda,os jovens operários serão manipulados por essa elite.

     

             O Brasil é um país que emerge.Lutamos por uma boa qualidade de educação,saúde e segurança em igualdade para todos.Legalizar a maconha seria estacionar nesta escala de mudanças - jamais progredir.Mais uma estratégia capitalista;a polêmica para tornar o uso desta droga legal ganha espaço para uma importante questão: O que mais será legalizado após a maconha? O crack? A cocaína...? É necessário refletir.

sábado, 27 de agosto de 2011

Super fantástico,um salto alto!

            Quem não se lembra do programa da Eliana,Sítio do Pica-Pau-Amarelo,Tv Colosso,Castelo Rá-Tim-Bum...? E das músicas das Chiquititas,Mamonas Assassinas...? Hoje,as crianças são fãs de desenhos violentos e sabem de cor letras de funk.De fato,houve uma grande mudança na passagem dos anos 90 para o novo milênio e quem mais sofreram foram as crianças.Afinal,no século XXI,elas são importantes (prioridade) ou não?
         
                                                                                     
                                               
               Um fator essencial,primeiramente,é a educação recebida dos pais.O que vimos hoje é uma geração do "sim" e da superproteção.Pesquisas revelam que a presença dos pais sempre a sua volta,deixa as crianças ansiosas.E a superproteção,faz vir à tona o lado pior dos filhos.As crianças precisam ouvir um "não" em vez de apenas "sim".Graças a isto,hoje elas são mal acostumadas e sem limites.



               Além da geração do "sim",o que presenciamos hoje é a clássica "geração do Shopping".No documentário "Criança,a alma do negócio",é possível perceber,com clareza,como a boa infância está adormecida.Sem saber identificar nomes de legumes ou animais,a maioria das crianças deste milênio reconhece marcas de produtos.E o mais surpreendete: a resposta da pergunta - Praia ou Shopping? - "Shopping!Eu Adoro comprar!",diz a menina de apenas 10 anos.
               Para o deputado estadual de São Paulo,Carlos Bezerra Jr,a infância que encontramos atualmente é desprotegida e sofre inúmeras violências.Elas são vítimas dessa sociedade indiferente e desatenta.Seria o nosso sistema político,então,precário...onde os direitos da criança não são exercidos e,aos poucos,a juventude vai se modificando.É o caso da pequena Britney,nos EUA - onde a própria mãe aplicou botóx na garota a fim de participar de um concurso de beleza.E também sobre a prostituição infantil no Brasil.
                 As crianças,em suma,são importantes,mas não uma prioridade na sociedade moderna.Elas não estão recebendo a educação correta,não sabem mais brincar...São bombardeadas pela mídia e pelos próprios pais.É bom lembrar: para presentear uma menina,o ideal não é uma boneca,mas sim um estojo de maquiagem e um sapato com salto! Adeus época do Balão Mágico...










domingo, 21 de agosto de 2011

Acima de tudo os Direitos Humanos

            Desde a época medieval até os dias atuais,as entidades religiosas continuam exercendo poder sob o Estado.Naquele tempo eram considerados hereges os que se opunham à Igreja e,nesse caso,sofriam pena de morte.Como se não bastasse,ainda hoje há governos que adotam este tipo de medida.Nesse caso,para defender a Ética e os Direitos Humanos,o estado deve zelar pela sociedade secular.
             Graças as ideias de Nicolau Maquiavel e a Doutrina do Laicismo,tivemos na história um importante avanço na separação de Estado e Igreja.Para este italiano,a Igreja não deve intervir na política do Estado.Para as leis laicas,são valores primaciais:liberdade de consciência e igualdade entre os cidadãos.
              Não muito diferente destas mesmas correntes,foi declarado,em 1948,os Direitos Humanos.Infelizmente ,existem alguns países onde estas mesmas leis não são cumpridas.Desde a Revolução Iraniana de 1979, o governo do Irã tem abusado arbitrariamente dos direitos de milhares de seus cidadãos.
              Outro importante exemplo é o da Arábia Saudita.Governo monárquico e ligado diretamente à religião,as mulheres deste país são proibidas de exercer um simples ato: o de dirigir.Sim,é um absurdo e fere o Artigo I dos Direitos Humanos - "Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos..."


               As leis foram feitas para serem exercidas.Se for necessário para que sejam executados,em primeiro lugar,o que foi declarado pela ONU (em 1948),o estado deve manter uma sociedade secular.É importante,acima de tudo,lutar pela igualdade e liberdade de expressão.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Apenas uma gota no oceano

            Já não é de hoje,e todos sabem,que a preocupação com o aquecimento global e questões ambientais têm ganhado grande importância.Graças ao Protocolo de Kyoto,de 1992,foi decidido aos países mais desenvolvidos reduzirem as emissões atmosféricas.Uma das principais ideias foi a substituição dos combustíveis fósseis - causadores de grande emissão de CO2.
             Ao poluir menos,devido a seu processo de produção ser mais limpo,os biocombustíveis geraram uma grande polêmica.Ainda no governo Lula,o ex-ministro das Relações Internacionais,Celso Amorim,afirma que os biocombustíveis ajudarão ao desenvolvimento dos países mais pobres."Se o FMI pode ajudar a conseguir que os países mais ricos eliminem os subsídeos a suas ineficiências agriculturais,dará muito mais do que quando critica a produção de Biocombustíveis",defende.
              Apesar de gerar emprego e renda no campo,diminuindo o êxodo rural,e deixar as economias do planeta menos dependentes do petróleo,nem sempre o biocombustível é o mocinho da história.O especialista em Direitos Humanos,Oliver Schutter alega em sua entrevista à VEJA,que os alimentos e os biocombustíveis estão competindo por terras produtivas.
               Sabemos,porém,que culpar os biocombustíveis pela crise dos alimentos se torna uma causa errônea.Estudos revelam que o crescimento da demanda,clima e preço alto do petróleo são os principais fatores da crise dos alimentos.Segundo o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro,Francisco Teixeira,o preço do barril atinge diretamente na produção e distribuição dos alimentos.
                Será mesmo o biocombustível - ou agrocombustível o vilão do planeta? A crise mundial dos alimentos já vem ocorrendo há anos.Seja pelas condições climáticas,mais demanda e menos oferta,ou seja pelo aumento no petróleo.Como afirmou a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro: "Os biocombustíveis são apenas uma gota no oceano desse cenário de aumentos".

sábado, 14 de maio de 2011

Internet:instrumento de combate a alienação política

            Sabe-se que a internet é a melhor ferramenta utilizada para pesquisas,assim como ao acesso rápido á informação,entreterimento e,principalmente,comunicação.A internet,também,tem sido usada para facilitar a execução de crimes,tal como a pedofilia e violações virtuais.Porém,o que poucos sabem é que a internet é um instrumento importante de combate a alienação política.
             O acesso à rede é usado como mecanismo para estimular manifestações populares.Tido como um "local público",as redes sociais dão espaço e liberdade para o usuário se expressar,sem timidez,sobre problemas na sociedade.Ultimamente,a internet tem ajudado bastante em manifestações contra a morosidade política.
             Um exemplo disso são as revoltas ocorridas no Egito,Tunísia,Líbia,entre outros países do Oriente.Tanto é fato que o acesso à rede foi proibido no governo de Muamar Kadhafi,líder político libanês,e o ex-presidente do Egito,Hosni Mubarak.Redes sociais como o Facebook,Twitter e,principalmente,o Youtube contribuíram para a queda de tais governos autoritários.
              Redes sociais virtuais tornam-se essenciais,uma vez que estas ajudam a conhecer melhor os políticos que se candidatam.Na Alemanha,77% da população entre a faixa etária de 18 e 29 anos,consideram a internet como o instrumento mais importante à informação política.Todos os grandes partidos políticos neste país têm perfil em redes virtuais.



                A internet não elimina déficits na política,mas auxilia a atenuar a alienação desta mesma,se usada corretamente.Informar,auxiliar e gerar manifestações populares é um valor importante da internet na sociedade atual.Como afirmou Alec Ross,acessor de Hillary Clinton " a rede mundial é o Che Guevara do século 21.Você não precisa mais de uma figura carismática para organizar as massas"